A tentativa de um homem se demarcar e imprimir na multidão uma representação memorável, não está, na maior parte das vezes, no uso indiscriminado de exuberantes, coloridas, invulgares ou excêntricas imagens que procuram, com algum desespero patético, suprir uma espécie de carência de atenção necessária, embora enganadora, à solidificação da segurança e da autoestima.
A garantia de solidez e de estabelecida personalidade, obtidas pelo uso de fanfarronices, mesmo as que trazem apensas as griffes mais sonoras, é franzina, quebradiça ou mesmo nula, perto do homem, como o da imagem, que parece escolher o que sempre obedeceu ao seu inabalável modo de se mostrar à vida, acomodando o que escolhe ao que o define.
Todas as constantes, e sobretudo cegas, adaptações, ajustamentos e submissões aos ditames dos folhetos de revista assinados pelos mais conceituados impulsionadores do consumo, reproduzem apenas a debilidade e a instabilidade dos que caninamente seguem um dono.
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