Nem sempre as joias são o costumado brilho encastoado em metais de fino trato.
Há joias escondidas, presas em papel transparente, dobradas com o rigor e com o cuidado extremo das avós e perdidas nas gavetas maneiristas do móvel esquecido há tanto tempo.
Procurem-nas!
São preciosidades inigualáveis e com o temor que nos faz suster a respiração, com a vertigem de quem comete um crime, com o arfar de excitação de quem se vê a viver uma paixão que não lhe pertence, voltemos a usar o tempo perdido e que Proust nos perdoe e nos proteja.