A fórmula usada pela minha avó para descartar demorados visitantes que, como por encanto, não se apercebiam do aborrecimento descomunal que provocavam, era infalível.
Depois de pousar no tabuleiro a chávena do chá que beberricava num silêncio por decifrar, a minha melodiosa avó erguia-se, voltava-se para os entediados companheiros de infortúnio e com um sorriso de alerta, repreendia:
- Meus queridos, vamo-nos deitar que as visitas querem-se ir embora.
A Casa Branca, se receber Trump como o novo presidente, devia aprender com as grandes Senhoras. Preparar um chá a Donald Trump, sorrir e fazer os possíveis e os impossíveis por se ir deitar cedo.
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