Temos, normalmente, grandes saudades de pequenas coisas. As grandes acarretam um sentir diferente que, englobando a saudade, não se confina apenas a este sentimento.
Creio que a mistura de emoções que advém da perda ou da falha de um lugar ou de uma pessoa – necessárias à presença da saudade – atinge-nos de modos diferentes e o pesar é mais aguçado quando a dimensão do perdido é mais comezinha, porque, neste caso, ficamos frente a um precipício bem delineado e nítido. Sabemos com exactidão aquilo que nos fere.
Nas grandes falhas ou perdas, o processo atinge proporções desmesuradas e abrem-se fissuras em todos os recantos das nossas vidas. Desconhecemos os locais exactos por onde se pode esvair a alma.
Creio que a mistura de emoções que advém da perda ou da falha de um lugar ou de uma pessoa – necessárias à presença da saudade – atinge-nos de modos diferentes e o pesar é mais aguçado quando a dimensão do perdido é mais comezinha, porque, neste caso, ficamos frente a um precipício bem delineado e nítido. Sabemos com exactidão aquilo que nos fere.
Nas grandes falhas ou perdas, o processo atinge proporções desmesuradas e abrem-se fissuras em todos os recantos das nossas vidas. Desconhecemos os locais exactos por onde se pode esvair a alma.
Tenho saudades de ver nevar em Paris. Dos flocos breves a tocar-me as pestanas quando olhava o céu de lantejoulas e de confetis brancos.
É uma saudade comezinha. Talvez por isso me deixe parada com um abismo na frente.