Ficamos felicíssimos e até desvairados também.
Eis que para desfazer este idílio recentemente inaugurado, surge o desmancha-prazeres Jorge Bacelar Gouveia - advogado, constitucionalista e tudo e tudo e tudo – que declara que Van Dunem terminou a sua carreira pública numa profissão que nunca exerceu, pois que se aposentou como juíza conselheira do Supremo Tribunal de Justiça sem jamais ter relatado um acórdão sequer (…). É a República Portuguesa na sua nata! – Acrescenta muito inconveniente, como é bom de ver.
Jorge Bacelar Gouveia, o menino não pensa!
Francisca van Dunem jamais relatou um acórdão do Supremo, porque sempre foi uma visionária.
Tentava de todas as formas, com unhas e dentes e óculos giríssimos, poupar papel. Prova disso é que, rei morto, rei posto, a sua herdeira não precaveu este aborrecimento e logo temos a bradar ali ao lado o Tribunal Judicial da Comarca de Braga que, visando uma acção de processo comum, nos contempla com uma pérola: Consigna-se que, de momento, não é possível efetuar a citação da Ré, uma vez que os serviços atravessam grandes problemas derivados da escassez de papel de cópia.
O juiz-presidente da Comarca de Braga aponta para a suspensão da citação de réus em pelo menos 20 processos cíveis, por norma, os que têm um grande número de réus, já que implica mais cópias do processo. Informa ainda o senhor juiz que nas últimas duas semanas começou a haver processos suspensos a aguardar fornecimento de papel. Derivados, portantos, à falta de papel prevista pela Francisca.
Van Dunem jamais usou um A4 para relatar uma única treta do Supremo, porque sabia o quanto custa uma resma dele e temia o pior.
O juiz-presidente da Comarca de Braga aponta para a suspensão da citação de réus em pelo menos 20 processos cíveis, por norma, os que têm um grande número de réus, já que implica mais cópias do processo. Informa ainda o senhor juiz que nas últimas duas semanas começou a haver processos suspensos a aguardar fornecimento de papel. Derivados, portantos, à falta de papel prevista pela Francisca.
Van Dunem jamais usou um A4 para relatar uma única treta do Supremo, porque sabia o quanto custa uma resma dele e temia o pior.