Há um certo fascínio nas fivelas, sobretudos nas mais clássicas, nas linhas, nos rectângulos ocos de metal, nos estiletes rombos, nos arredondados espetos que se enfiam nas luras do couro envelhecido.
A Gaffe gosta de fazer deslizar de forma lenta a língua do cinto do elo que a prende, da argola gasta que a segura.
A Gaffe gosta de assistir ao desvendar do primeiro botão depois de aberta a fivela e da promessa contida na redonda pétala que aperta e que cobre o princípio da nudez que vai abrindo.
Não é seguro que a Gaffe se mantenha solta da presilha desta inconfidência, mas uma rapariga esperta sabe que uma metáfora é a mais resguardada forma de se prender a verdade a um adejo.