Para que servem os dias de chuva, em que o cinzento brando de uma espera se torna um clássico que finda por nos enfraquecer a vontade de olhar a luz coada e esvaecida que tomba dos telhados, senão para esquecer que em todas as ruas existe um instante em que é essencial sentir que a luminosidade plena dos dias solares pode estar debruçada no parapeito do peito de quem nos cruzamos, ou que por nós espera quando não olhamos?