A Gaffe fica bastante surpreendida com o chinfrim ligeiramente tolo contra blogues que se dedicam a publicitar de forma clara ou encapotada determinados produtos recebendo em troca benesses simpáticas.
Não entende também a indignação motivada pela descoberta da
existência de uma equipa que orienta e administra um blogue que abandonou o
conceito tradicional destes recantos para se transformar numa página onde é
possível alugar espaço para publicidade.
Não é de todo condenável que determinadas marcas considerem proveitoso
usar um espaço com visibilidade como veículo publicitário - mesmo que seja a vapor -, assim como não é aceitável
originar uma revolta cibernética por haver gente que aceita a proposta e que se
preocupa em cumprir o que lhe é exigido com o apoio de outros profissionais.
Sem mais, que se faz tarde.
Esta, chamemos-lhe assim para não maçar, flexibilidade funcional, é de louvar.
É tão maleável como a interminável espera que comece o Isto é gozar com quem trabalha, do querido
Ricardo Araújo Pereira - que apesar de tudo não nos imobiliza o dedinho que
controla o comando da TV -, ou até mesmo como o desconhecimento astral revelado
por Miguel Frasquilho de que a academia de futebol Bsports - que o tinha como embaixador
-, possivelmente dinamizava o tráfico de seres humanos. A Bsports Academy tinha acertado na escolha do embaixador, pois que Miguel Frasquilho quando aceitou a embaixada já estava todo embrulhado na TAP. Faz sempre jeito umas viagens de rotina por entre o tráfico aéreo.
A Gaffe confessa que assiste pacificamente à proliferação e
ao sucesso deste tipo de estratégias empresariais que têm em conta o valor de um
toque pessoal, de um leve sabor a intimidade e desconhecimento partilhados, de uma boa dose de
empatia sem passaporte, e de uma cumplicidade bastante interactiva com o consumidor,
para nos fazer esbardalhar contra os produtos que quer vender.
Não são ofensivos e não são de sujeitar ao tribunal da
inquisição que trazemos sempre dentro.
São os blogues - e gente - naperon.
Alguns até são giros!
Os donos colocam em cima o que acham por bem - traficado ou
não - e nós só olhamos para eles se quisermos.