Nós, raparigas espertas, sabemos que vós, rapazes marotos, meninos do Rio, calores que provocam arrepios, aumentaram já a carga horária dispensada ao ginásio e que suam desmesuradamente para corrigir os pecados do Inverno e acelerar a definição dos abdominais.
Recusem liminarmente aquelas coisas tenebrosas, atadas à cinta por um fio de algodão, espampanantemente estampadas - motivos florais gigantescos, papagaios coloridíssimos, riscas assimétricas fluorescentes, NY fora de horas ou um luminoso paraíso tropical -, que vos tocam os tornozelos e vos deixam estranhamente bronzeados. Pertencem aos petizes, ultrapassados pelas ondas da actualidade veraneante.
Sejam homenzinhos. Sejam nobres.
Assumam a vossa perdida libido e façam-nos pasmar com as sempre insinuantes propostas de D&G ou com uma das sugestões bastante retrossexuais de Louis Vuitton.
Sejam másculos, sejam machos, sejam sedutores. Passem num doce balanço a caminho do mar, com abdominais definidos com empenho e, mesmo depilados, ousem enfrentar as ondas dos nossos olhares com a magnitude de um corpo aberto no espaço, de um coração de eterno flirt, que na nossa tensão flutuante, o nosso desejo será tudo o que sonhardes.
No caso de subsistirem dúvidas, e desapertando o primeiro botão da vida e o cordão dos calções, sejam escaldantemente retro.
A temperatura é implacável e os nossos heróis precisam de ajuda para escolher os calções que mais nos atraem e que podem desfilar perante o olhar atento das restantes raparigas sem as fazer girar os olhos de monotonia e de enfado.
Neste Verão, rapazes, procurem ser homens. Esqueçam as ceroulas largas e coloridas que se atrevem, cortadas pelos tornozelos, a esbanjar uma cansativa e exausta e estafada imagem de surfista incompetente, de havaiano deslocado, e assumam o charme indiscreto de uma burguesia deliciosa e máscula. Esqueçam os reveladores calções minúsculos que nos fazem adivinhar toda a vossa vida sexual e desejar nunca nos termos cruzado com tamanhas limitações.
Os calções são peças tão importantes como o mais distinto fato de cerimónia. Nunca se enfie na areia como lhe apetece, nunca chegue ao mergulho como lhe aprouver, nunca apareça como se sentir mais à vontade. Venha sempre melhor!
Neste Verão, rapazes, procurem ser homens. Esqueçam as ceroulas largas e coloridas que se atrevem, cortadas pelos tornozelos, a esbanjar uma cansativa e exausta e estafada imagem de surfista incompetente, de havaiano deslocado, e assumam o charme indiscreto de uma burguesia deliciosa e máscula. Esqueçam os reveladores calções minúsculos que nos fazem adivinhar toda a vossa vida sexual e desejar nunca nos termos cruzado com tamanhas limitações.
Os calções são peças tão importantes como o mais distinto fato de cerimónia. Nunca se enfie na areia como lhe apetece, nunca chegue ao mergulho como lhe aprouver, nunca apareça como se sentir mais à vontade. Venha sempre melhor!
A praia, o mar, o calor e a areia não o ilibam. Os calções são o primeiro indício do bom gosto e da elegância, e jamais revelarão, se escolhidos erradamente, a capacidade de quem os usa de, após o sal o sol e o bronzeador, nos deslumbrar irremediavelmente.
Sejam comedidos e escolham os de medida certa.
Caso tenham o allure de aventureiro másculo e maduro, caso aguentem ser um flaneur agreste, com aroma a perigo e a vertigem, caso possuam a estrutura salgada de um indiferente e sensual vadio de romance e nó de marinheiro, caso resistam a uma imagem de vagabundo distante ao que é mais medíocre no pensar de alheios bronzes, então, rapazes, mostrem-nos como se faz uma canoa com linhos e padrões de seda pura e murmurem-nos ao ouvido o som dos búzios.