A Gaffe é informada que aquilo a que os especialistas chamam Fashion Trends - para os mais pindéricos, tendências de moda -, não passa basicamente de uma operação relativamente complicada que reúne instruções de algumas fontes, nomeadamente sociológicas, antropológicas, societais, sociais e sobretudo industrias, que orientam e manipulam de forma inteligente a população que querem tornar alvo.
Esta rapariga não se cansa a desenvolver o assunto, apesar de lhe parecer bastante interessante tentar compreender, para que lado vira o vento e qual a tralha em stock que se é obrigado a impingir, custe o que custar, usem-se as armas que forem necessárias.
Seria reconfortante compreender, por exemplo, como é que uma paleta apresentada reúne as cores imprescindíveis a quem se quer usável e visível. Reconfortante, mas não imprescindível, que nestas coisas muitas vezes a inteligência está adormecida nos domínios aveludados e fofinhos das mentes criativas.
Acontece que, para lá das colorações, há, acompanhando-as, agrupamentos de linhas, formas, inspirações, geometrias, volumes e mais uma parafernália de conceitos que são traçados para conjugar o que parece evidente ao especialista e que transforma em boi aquele que olham para este palácio.
Determinada cor, em determinada estação, servirá determinada tendência a que atribuem um nome, simples ou rebuscado, mas sempre coadjuvante. O verde-macieira - o nome da cor é de importância capital e quanto mais indecifrável, melhor - estará portanto apenso à orchard-trend, por exemplo.
O interessante é que estas malabaristas operações trazem incómodos constantes no seio de tanta inventividade.
Cada um destes grupos serve tipos bem definidos de consumidores. Assim, uma mulher cuja profissão a obriga a permanecer na direcção executiva de um país, tem um nicho, uma tendência, um quadro, um universo, especialmente pensado para a servir e a fazer consumir e que é naturalmente diferente daquele que o vizinho tresloucado com alguma propensão para fumar o que tolda o papagaio e faz tombar o gato.
Seria reconfortante compreender, por exemplo, como é que uma paleta apresentada reúne as cores imprescindíveis a quem se quer usável e visível. Reconfortante, mas não imprescindível, que nestas coisas muitas vezes a inteligência está adormecida nos domínios aveludados e fofinhos das mentes criativas.
Acontece que, para lá das colorações, há, acompanhando-as, agrupamentos de linhas, formas, inspirações, geometrias, volumes e mais uma parafernália de conceitos que são traçados para conjugar o que parece evidente ao especialista e que transforma em boi aquele que olham para este palácio.
Determinada cor, em determinada estação, servirá determinada tendência a que atribuem um nome, simples ou rebuscado, mas sempre coadjuvante. O verde-macieira - o nome da cor é de importância capital e quanto mais indecifrável, melhor - estará portanto apenso à orchard-trend, por exemplo.
O interessante é que estas malabaristas operações trazem incómodos constantes no seio de tanta inventividade.
Cada um destes grupos serve tipos bem definidos de consumidores. Assim, uma mulher cuja profissão a obriga a permanecer na direcção executiva de um país, tem um nicho, uma tendência, um quadro, um universo, especialmente pensado para a servir e a fazer consumir e que é naturalmente diferente daquele que o vizinho tresloucado com alguma propensão para fumar o que tolda o papagaio e faz tombar o gato.
Há sempre, e mais uma vez como exemplo, uma vertente digamos que étnica, ou estadual, como se queira, nesta aparente variedade. Padrões inspirados nos usados pelas texanas, formas desenhadas pelas californianas, acessórios baseados nos habitualmente pendentes nas raparigas em NY ou volumes antárcticos que nos lembram o gelo de Amundsen.
Sejamos práticas. Exageremos.
Ficaremos definitivamente fashion, estaremos sem sombra de dúvida a seguir uma das propostas, seja em qualquer ano ou eleição, se surripiarmos um dos slogans que nos mostram. Pode ser um de uma tribo qualquer - nestas coisas com glamour deixa de interessar o nome da origem - desde que suficientemente grande e majestoso para que nenhum fashion adviser coloque hesitação ou torça no que quer que seja. Escolher, por exemplo:
É evidente que, para o usar com alguma elegância, salvaguardando-nos da americana fonética - neste caso específico muito propensa a trumpalhada -, temos de ter o cérebro em condições de desfilar e sermos comedidas para evitar interpretações e internamentos compulsivos.