16.12.21

A Gaffe e um monge


Esta é uma das imagens que durante esta quadra se torna das mais triviais por estas bandas.

Normalmente inicia a época de posts natalícios e faz subentender que debaixo de um rude, quase ameaçador e duro rapagão, pânico de beatas e de monjas, se oculta toda a doçura, que permanece intacta, de um imaginário infantil nunca apagado.

Agrada-me pensar que este é também o retrato de um abandono protegido e temporário do chamado espírito do Natal, o fim de festa de uma fantasia sazonal e que constitui uma certa recusa insinuada do irritante O hábito faz o monge.

Por muitos hábitos que se tenha ou que se use, há sempre resguardado, no fundo de cada um de nós, aquele que foi nosso, para o bem ou para o mal, durante o tempo em que a maioria das nossas histórias começava por era uma vez e tinha sempre um final feliz.