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Tommy Kinnerup |
A Gaffe tem-se dedicado à leitura dos jornais online – dos mais imbecis aos mais sérios e respeitáveis, daqueles por onde perpassa a argúcia de José Gomes Ferreira.
Não é tarefa que lhe agrade, mas é comovente ver esta rapariga fútil, ligeiramente apatetada e catatonicamente caniculada a esforçar-se por se manter à superfície da actualidade.
Então, num lance lento e langoroso, consegue perceber que um empresário nortenho revelou que receberá 40 milhões de euros do PRR que serão usados no aumento de capital da sua empresa de navios turísticos, a Mystic River, e garante que não haverá qualquer financiamento à TVI, onde a Pluris detém 35% do capital. Do total de 76,7 milhões previstos para apoio à capitalização de empresas afetadas pela pandemia, aquela marca vai receber mais de metade.
Engole, lânguida e frouxa, logo em seguida a notícia que lhe reporta que o empresário Mário Ferreira foi também constituído arguido na Operação Ferry e que foram feitas buscas na sua Douro Azul, estando em causa suspeitas de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais no negócio da compra e venda do navio Atlântida. Foram efetuadas buscas no Porto, Funchal e ainda em Malta, incluindo a sociedades de advogados – cita a Agência Lusa uma fonte judicial.
A Gaffe suspeita que esta absurda e infernal canícula que a queima é a mesma que arde nos lugares onde há, ao mesmo tempo -
numa certa cavaqueira -, burros, tubarões, crocodilos e camelos.