É tão engraçado observar os esforços que se fazem para esconder uma paixão proibida
Nestes gabinetes há um rapazinho loiro de gigantescos olhinhos azuis, magrinho e franzino, pedante e miudinho. O cargo que ocupa é proeminente e o menino assume-o de maneira pomposa e cheia de brio, aprumo e masculinidade. Inclusivamente aos fins-de-semana.
Entra então em cena a sempre activa e presente técnica de informática. Uma belíssima morena, de olhos de veludo e sorriso malandro. Recentemente destacada, faz as delícias dos homens que desataram, subitamente, a precisar com urgências suspeitas dos seus serviços mais competentes.
A rapariga não se faz rogada e atende, com todo o carinho e de forma pontual e assídua, todas as necessidades masculinas, sobretudo as do namorado, colosso pouco dado a manobras informáticas, mas poderoso e atento segurança principal.
O menino de olhinho azul, franzino e frágil, apaixonou-se por ela de uma forma confrangedora.
É delicioso observar os seus movimentos atados, os seus olhares disfarçados, mas sempre presos ao corpo da moçoila, os seus mais pungentes esforços para disfarçar o inevitavelmente claro, as suas mais rebuscadas desculpas para a ter por perto ou para se cruzar com ela nas esquinas e nos cantos dos corredores e o abandono recente dos seus encargos mais importantes.
O alvo desta dança mantém-se indiferente. Não vê. Não ouve. Não sente. Não faz a mais ínfima ideia do que despertou. Continua a sorrir e a passar airosa, sem sombra de pecado, arrastando, preso no cinto, o mísero olhar do pobre desgraçado.
- A R. está no seu gabinete? – Pergunta-me de olhos de safira, pela centésima vez no espaço de uma hora.
- Não! Nunca sabe dela, não é?! É tão resvaladiça aquela rapariga.
- Não sei. Nunca a procura!
Entra então em cena a sempre activa e presente técnica de informática. Uma belíssima morena, de olhos de veludo e sorriso malandro. Recentemente destacada, faz as delícias dos homens que desataram, subitamente, a precisar com urgências suspeitas dos seus serviços mais competentes.
A rapariga não se faz rogada e atende, com todo o carinho e de forma pontual e assídua, todas as necessidades masculinas, sobretudo as do namorado, colosso pouco dado a manobras informáticas, mas poderoso e atento segurança principal.
O menino de olhinho azul, franzino e frágil, apaixonou-se por ela de uma forma confrangedora.
É delicioso observar os seus movimentos atados, os seus olhares disfarçados, mas sempre presos ao corpo da moçoila, os seus mais pungentes esforços para disfarçar o inevitavelmente claro, as suas mais rebuscadas desculpas para a ter por perto ou para se cruzar com ela nas esquinas e nos cantos dos corredores e o abandono recente dos seus encargos mais importantes.
O alvo desta dança mantém-se indiferente. Não vê. Não ouve. Não sente. Não faz a mais ínfima ideia do que despertou. Continua a sorrir e a passar airosa, sem sombra de pecado, arrastando, preso no cinto, o mísero olhar do pobre desgraçado.
- A R. está no seu gabinete? – Pergunta-me de olhos de safira, pela centésima vez no espaço de uma hora.
- Não! Nunca sabe dela, não é?! É tão resvaladiça aquela rapariga.
- Não sei. Nunca a procura!
Ah!, quando o amor se levanta a razão fica de joelhos.