Anders Hingel |
Em Paris, almofado-me nos olhos dos que passam pelas pontes e lanço as penas ao Sena, tão diferente do rio que passa pela minha terra.
O rio que passa pela minha terra não tem as barcas dos risos dos que lá navegam. O rio que passa pela minha terra é um rio que embarca na minha alma e de longe acena com um lenço de prata aos que passam pelas pontes onde há gente com penas no olhar de tanto olhar quem parte com os remos da saudade a ondular o peito.