Depois de se ter certificado que a notícia não tinha sido emanada do bispado de Braga ou do de Viseu, a Gaffe começa a conjecturar.
Um sapientíssimo estudo da Escola de Saúde Johns Hopkins, em Baltimore, revela que a prática de sexo oral aumenta em 250% o risco de se sofrer de cancro na garganta.
A Gaffe não consegue deixar de imaginar a esmagadora maioria de mulheres que conhece disparada e tresloucada a tentar cuspir, bochechar, gargarejar, banhar com os mais diversos elixires as assustadas amígdalas e a contar, paralisada de medo, os minutos que há para viver, depois desta avassaladora conclusão de mais um estudo - que se reporta às mulheres -, maravilhosamente parvo.
As pouquíssimas restantes, as de garganta virginalmente segura e livre de perigo, deverão retirar todos os piercings da língua e tentar uma habituação faseada ao sabor do látex que, por muito imbuído de aromas a frutos, deixará sempre na boca um inconfundível rasto de borracha.
Meus amores, estudos destes levam-nos a concluir que se pela boca tiver de morrer o peixe, que pelo menos o anzol o seduza com minhocas em boas condições.