2.3.23

A Gaffe laminada

A Gaffe apela a todos os homens!
A Gaffe exorta todos os rapagões!

BASTA de infâmias profanadoras da vossa sagrada e milenar virilidade.

Homens de todo o mundo aliem-se à campanha contra o politicamente correcto, contra a desvergonha desarvorada, contra o ataque à masculinidade sólida e ancestral, contra a pilosidade facial expressa pelas lâminas malditas que atentam contra o que de mais tradicional existe nas vossas cuecas que coçais em pleno campo de batalha onde as vossas equipas cospem para o chão interminavelmente, pese embora o piso fique escorregadio e o árbitro rejubile assistindo às vossas quedas aparatosas e dignas de penalties a favor da elevação da besta a campeão.

Não temais!

Ao vosso lado estão já jornalistas, actores, pivots e pevides. Nada há a temer, a não ser o avanço descontrolado daquilo que ameaça a testosterona capaz de dominar as feras soltas, de jubas ao vento e saias travadas e boas, mesmo a pedir que as alimentem, nas ruelas da vossa imaginação e nas ruas onde balançais o corpo másculo a caminho do mar.
Ai, que coisa mais linda!

Homens de todo o mundo, deixai a barba crescer.
Amaldiçoai a Gillette, candidata a castradora da liberdade de se ser mamute.
Lutai pela manutenção da tradição, da transmissão da ancestral forma de se ser um chimpanzé psicótico, insultando o chimpanzé e majorando a psicose.

Avançai, meus queridos!

A Gaffe sempre disse que quem retira a barba a um homem, lhe arranca ao mesmo tempo a pila.

Há que sentir musculado orgulho em conseguir viver com estes dois apêndices conjuntos.