8.5.23

A Gaffe com desodorizante


A Gaffe debicava o seu iogurte, como a linda Inês posta em sossego, saltitando ao mesmo tempo de canal em canal, comando em riste e em equilíbrio, quando foi surpreendida pela publicidade a um desodorizante masculino.

Pensou perplexa que o que vislumbrou talvez tivesse sido impressão dela.

Voltou ao iogurte.

O anúncio regressou passados instantes.

O rapaz em excelente forma física tinha sido substituído por um da mesma espécie - como não podia deixar de ser, tendo em conta que fazer surgir Marques Mendes em todo o seu esplendor, de tronco nu, seria contraproducente - e o cenário divergia.

O rapazola borrifa o desodorizante nas axilas. Esquerda, direita. Esquerda, direita. Tudo muito aventureiro.

O que aconteceu em seguida é que fez o iogurte estancar de pasmo.

O rapaz, ZÁS!, borrifa desodorizante a sul do umbigo. O anterior tinha feito o mesmo.


A Gaffe esbugalhou os olhos.

Rapazes! NÃO borrifem desodorizante em locais onde apenas deve ser usado, com muita insistência, o gel do vosso banhinho diário. As axilas estão perfeitamente adaptadas ao uso de produtos desta gama. O resto, não!

O que pode pensar uma rapariga esperta quando lhe chega ao nariz o ainda que apagado aroma, assim deslocalizado, das vossas axilas a não ser que distraída confundiu geografias, geoloccalizações ou que deve estar muito mal posicionada?!

Credo! Aquilo não vos arde ali espargido?!