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Rummy Rumfelt - foto de R. J. Pila |
Mais irritante ainda do que a sacramental pergunta masculina que abre o frigorífico disparada:
- Sabes onde puseram o queijo?! - quando o queijo está ao lado da manteiga, a enfiar-se nos olhos do homem que conseguiu encontrar os mais inesperados microrganismos, mas que é cego quando se trata da mais banal das bolas vermelhas limianas sossegadinha a faiscar como um alarme dos bombeiros, é a toalha de banho molhada pousada no chão ou, pior, em cima da cama.
A primeira situação resolve-se com a resposta que pode ser usada em todas as dúvidas existências que o rapaz decide partilhar connosco:
- Não faço a mínima ideia.
A primeira situação resolve-se com a resposta que pode ser usada em todas as dúvidas existências que o rapaz decide partilhar connosco:
- Não faço a mínima ideia.
A segunda torna-se ligeiramente mais complicada.
A tolha, por muitas voltas que demos, permanecerá atirada a um canto ou a encharcar o colchão.
Há naturalmente que arquitectar modos de solucionar o problema.
O mais simples é deixar apodrecer o caso. O cheiro a mofo terá repercussões no nariz do rapazinho e, cedo ou tarde, seremos confrontadas com a pergunta habitual:
A tolha, por muitas voltas que demos, permanecerá atirada a um canto ou a encharcar o colchão.
Há naturalmente que arquitectar modos de solucionar o problema.
O mais simples é deixar apodrecer o caso. O cheiro a mofo terá repercussões no nariz do rapazinho e, cedo ou tarde, seremos confrontadas com a pergunta habitual:
- Sabes onde puseram aquelas coisinhas que se queimam para perfumar o ambiente?
- Não faço a mínima ideia.
Caso as coisinhas nos tenham enjoado da primeira vez que foram queimadas e as tenhamos assassinado e escondido os cadáveres, é aconselhável optar por um método mais rápido. Assim, basta que deixemos a toalha ao abandono até percebermos que o criminoso se prepara para o banhinho seguinte.
Retiramos e escondemos a de rosto e enfiamos na máquina de lavar a negligenciada. Deve permanecer a do bidé, caso exista.
Retiramos e escondemos a de rosto e enfiamos na máquina de lavar a negligenciada. Deve permanecer a do bidé, caso exista.
Afastamo-nos até ouvirmos tremelicar:
- Sabes onde puseram a toalha de banho?
- Não faço a mínima ideia.
Aguardamos pacientemente até surgir à nossa frente um pintainho com as peninhas todas molhadas, a tremer de frio, com um paninho exíguo a tentar proteger o sobrenome do fotógrafo que captou a imagem que escolhi para encabeçar o post.
É evidente que, se escolhermos esta solução, corremos o risco de termos de lidar com a demissão da senhora que nos vem ajudar a ligar a máquina onde vai rodar o que faz falta ao prevaricador, de traumatizar as amiguinhas da nossa sobrinha fofinha que vieram para a festinha do pijama ou, nos casos menos graver, de ficarmos bastante agradadas quando nos apercebemos como a toalha do bidé é bastante grande.
É evidente que, se escolhermos esta solução, corremos o risco de termos de lidar com a demissão da senhora que nos vem ajudar a ligar a máquina onde vai rodar o que faz falta ao prevaricador, de traumatizar as amiguinhas da nossa sobrinha fofinha que vieram para a festinha do pijama ou, nos casos menos graver, de ficarmos bastante agradadas quando nos apercebemos como a toalha do bidé é bastante grande.
Repetimos a façanha as vezes que forem necessárias e teremos no final uma pausa repleta de tranquilidade. Pelo menos até ao momento em que despertamos a ouvir das profundezas cavas da sanita:
- Sabes onde puseram os rolos de papel higiénico?
- Sabes onde puseram os rolos de papel higiénico?