Nós, raparigas espertas, sabemos que cruzar com monumentais figuras masculinas, dignas de abrilhantar o cume do sagrado e do pagão, não é banal ou quotidiano. Habituamo-nos depressa a controlar e a dominar a frustração que é não poder saborear David Gandy todos os dias que passam.
Admitamos que a Bela, do belíssimo conto de fadas que me permite o trocadilho, tem a vantagem de estar cativa de um monstro com uma sensualidade bastante animal e um apelo erótico muito subtil.
Os homens das nossas histórias não parecem ter a força da mitologia.
Não são actualizações de Donald Draper – e quem o quer actualizado?! -, mas iniciam um processo bastante curioso nas nossas almas felinas e fazem-nos, por vezes, desejar com ardor colaborar nas dentadas. Podem não ser, não têm que ser, parte dos universos anunciados nos desfiles de futuras estações, à espera que surja no final o criador agradecendo com vénias estudadas, mas quem se importa?!
Os homens das nossas histórias não parecem ter a força da mitologia.
Não são actualizações de Donald Draper – e quem o quer actualizado?! -, mas iniciam um processo bastante curioso nas nossas almas felinas e fazem-nos, por vezes, desejar com ardor colaborar nas dentadas. Podem não ser, não têm que ser, parte dos universos anunciados nos desfiles de futuras estações, à espera que surja no final o criador agradecendo com vénias estudadas, mas quem se importa?!
Apesar destes pormenores irritantes, são razoavelmente atractivos e sabem compor um ramalhete.
Há elementos que permanecem transversais quando se fala de beleza, de elegância e de inteligência e a sensualidade - que pode ser apanágio de qualquer colecção iluminada -, mas a ilícita volúpia que se esconde nas sombras daquilo que se torna sensual, não é passível de ser reproduzida em plástico ou reconstruída pela ideia criadora. Encontramo-la apenas, de surpresa, brutal e avassaladora, num canto qualquer das nossas vidas.
Será que se beijarmos os nossos pobres rapazes quotidianos, os transformamos em príncipes?
Será que se beijarmos os nossos pobres rapazes quotidianos, os transformamos em príncipes?