Transformado em herói da liberdade de expressão, do jornalismo do doa a quem doer, Assange acaba por se tornar deprimente quando se percebe que o moçoilo ajudou imenso a corroer a campanha de Hillary Clinton deixando pingar putinescamente uns e-mails da candidata – parvos, inúteis, descuidados, desleixados, mas sem qualquer relevância política digna de nota ou interesse público -, permitindo conscientemente a ascensão de Trump e, como é evidente, a existência de carraça da asquerosa trupe trumpolinesca.
A verdade é que a esta cínica rapariga não simpatiza com gurus, com oportunistas, com heróis-vedeta, com manipuladores – mesmo os ligeiramente engajados - e com jornalistas que, ainda que num voo rasante, conseguem transformar o amador na cousa amada.
Assange também é feio.
Imagem - Volker Hermes