E diz-me
Os terraços de Abril são o prodígio
Onde sacodes as crinas da alegria
E no limpo rumor do riso das cerejas
Há limoeiros brancos e rouxinóis de espuma
Nos clarins de luz dos teus cabelos
Assomam os cavalos cor de fogo
Abril com a luz pousado no regaço
Um sol de porcelana que demora
Criança trevo e cal amotinada
Nos terraços da febre das cigarras
Tu és a luz a abrir as rosas ruivas
E a prometida floração das águas